Sexta-feira à noite era o pior momento para se visitar uma locadora de games no auge dos anos 90. As tradicionais promoções de "alugue um jogo na sexta e só devolva na segunda" esvaziavam as prateleiras ao longo do último dia da semana. Foi numa dessas sextas à noite que, frustrado por não encontrar mais nenhuma cópia de "Super Mario RPG" ou "International Super Star Soccer Deluxe" para aluguel, voltei pra casa, frustrado, com o desconhecido "Civilization", versão de Super Nintendo, em mãos.
Daí em diante nasceu um vício e uma fidelidade que duram até hoje, passando por todas as edições do jogo que hoje é sinônimo de estratégia por turnos. O curiosos é que, durante todo esse tempo, o tipo de vitória que eu mais buscava em "Civ" era a da Corrida Espacial. Exterminar todos meus adversários parece bárbaro demais, ser eleito o cara mais legal do mundo pela ONU tem cheiro de maracutaia e a vitória por tempo é naturalmente decepcionante. Mas ser o primeiro líder a levar seu povo pra longe da Terra, rumo às estrelas, para um novo começo, sempre me pareceu uma ideia incrível.
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