
Pela primeira vez em dez anos o dólar rompeu a barreira dos R$ 3. Os efeitos da alta já são visíveis em diversos setores da economia e os games não fogem à regra. Nem mesmo os jogos fabricados no Brasil, uma medida que visa justamente evitar as despesas decorrentes da importação, estão alheios às consequências da alta.
Talvez o caso mais emblemático seja o de “Mortal Kombat X”: o preço do jogo, que chega às prateleiras em 14 de abril, subiu de R$ 220 para R$ 250 no PlayStation 4 e Xbox One, enquanto a versão para PC aumentou de R$ 100 para R$ 120 – no Steam, contudo, o valor continua R$ 100.
Royalties, inflação...
Chegar às razões por trás do aumento dos preços não é tarefa fácil. Para começar, as próprias publishers têm certa resistência em falar sobre o assunto: só para citar um exemplo, o UOL Jogos procurou a Warner, que preferiu não falar com a reportagem.
Porém, isso não significa necessariamente que os publishers sejam vilões na história. Há certos custos na composição de preço de um jogo que, independentemente de fabricação local, incorrem em dólar. É o caso dos royalties pagos à Sony, Microsoft e Nintendo, detentores das plataformas dominantes do mercado.
Sim, as três gigantes do mercado ganham uma parcela de cada jogo vendido para seus consoles – por isso mesmo Sony e Microsoft conseguem preços mais vantajosos com os chamados jogos first party, como “Uncharted” ou “Halo”, já que não precisam pagar royalties a si mesmas.
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